terça-feira, 10 de abril de 2007

A vida é como um circulo vicioso. Há alturas em que tudo nos corre bem e a vida é cor de rosa. Ganhamos confiança e quando nos julgamos o maior da aldeia, lá levamos uma marretada que nos obriga a descer à terra. Inicia-se assim a chamada fase negra. Aquela em que tudo corre mal. Em que mais vale ficar em casa, porta trancada e estores em baixo.
Há cerca de duas semanas entrei numa destas fases.
Era Sábado. Acordei e saí de casa. Ao contrário do habitual não pus o carro na garagem. Arranquei para parar 10 metros depois. Um pneu furado. Bom, não há de ser nada. Mudo de carro, o pneu fica para mais tarde. Almocei. Avenida de Roma. Lojas de materiais para casa de banho e cozinha. Já agora, ficam a saber que vou remodelar completamente as casas de banho e a cozinha. Tudo fechado. Claro, Sábado à tarde. Burro... IKEA. Um mar de gente. 20 min para estacionar. Livra!
Finalmente chega a hora de jantar, já depois de trocar o pneu. Um aniversário. Tudo bem, divertido. Saímos já tarde do restaurante rumo ao BBC. Novamente um mar de gente. Stress com o porteiro. Lá entramos. Começo a sentir-me esquisito. Vou buscar um Vodka. Dois golos e saio desparado para a casa de banho. Uma paragem de digestão. Vinho ao jantar e dois golos de Vodka não fazem isto. Do mal o menos. Agora sinto-me bem. Não bebo mais, ainda tenho força para dançar. Aguentei cerca de uma hora. Nova corrida à casa de banho. Que figura, agarrado à sanita no BBC. Desta vez fico mal, mesmo mal. Vamos embora. Entrego a chave do carro, não estou em condições de conduzir. Cheguei a casa. Assim que entrei fui a correr para a casa de banho. Tentei dormir o melhor que pude. Acordei algumas quatro vezes para beber água. Resultado, quando me levantei pela última vez o estômago fazia um barulho semelhante ao de uma máquina de lavar roupa. E mais uma vez abracei a sanita.
Almoço em casa dos ‘sogros’. Todos a comerem do bom e do belo. Eu a chá e torradas. Jantar em casa de amigos. A ideia era ver a bola e beber umas cervejas. Eu bebi chá. Lá arrisquei comer frango assado. Correu bem.
Segunda feira acordei sem voz. Passei o dia todo assim. Lá melhorei na Terça.
No fim-de-semana seguinte fui para o Algarve. O leitor de CDs do carro deu o berro. Choveu a potes. Até granizo. Trânsito infernal no regresso. Quase quatro horas até Lisboa.
Nunca me deixei abater. Talvez porque estivesse sempre em boa companhia. Ou simplesmente tenho mais em que pensar...

2 comentários:

Anónimo disse...

Mimos, or que tu precisas é de mimos...
Trata-se já disso!!

Anónimo disse...

Se a ideia era fazer nos sentir pena de si, lamento dizer que o efeito surtido foi o oposto, dei gargalhada ao ler seu texto lol... mas sabe que mais, a receita para encarar os problemas é não dramatizar, tudo tem solução e o k n tem solução... solucionado está...
Cris