quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Envolvi-me hoje numa conversa interessantíssima. Começou com uma observação sobre mudanças climatéricas que nos têm atingido ultimamente. Rapidamente chegou a uma troca de ideias sobre o que é crescer agora, comparado com o que era crescer à 20 anos atrás.
Veio-me à memória um episódio recente. Andava eu a tirar coisas dos caixotes, quando dou de caras com a minha pequena colecção de discos de vinil. A minha filha perguntou o que era. Assumindo que toda gente sabe o que é, disse-lhe com a maior das naturalidades que eram discos de música. Fez-se silêncio. Reparei então que olhava para mim com o ar mais incrédulo do mundo. Fez-se luz. Ela, como muitas crianças da sua idade nunca viram discos de vinil. Lá lhe expliquei, tirando um da capa, que uma pequena agulha passava naqueles riscos que se viam e que ao ‘tremer’ produzia som. Mais incrédula ficou. Tive pena de não poder demonstrar na prática como funciona. Mas estou decidido. Nem que seja na Feira da Ladra, vou comprar um gira discos. E ela há-de ouvir música de um disco de vinil. Talvez então acredite em mim.

1 comentário:

Carla disse...

:)

também quero um gira-discos!!!

olha, mostra-lhe também o pac-man (esse barulho infernal), o verão azul, a abelha maia, o tom sawyer, os kalkitos, o topo gigio, as bombokas, so on so on...

ai que nostalgia... isso sim!